Morte

Quando a morte acontece perto de nós. Que dizer, que fazer. Porque o pensamento invariavelmente tende para o mesmo: que raio valem merdas quotidianas, tempos perdidos com pentelhices em vez de gozados com a vida, com a experiência de alguém que nunca mais vamos ver.Será que me está a ver agora? Será que ainda gosta de mim? A morte nunca é esperada. A morte é sempre surpresa, por muito que se a conheça. Agora nada pode voltar atrás, nada pode ser refeito, o tempo perdido está perdido para sempre, irremediavelmente. Este é o grande ponto final dos que ficam a viver, não para os que morrem.
Este texto é para todos os que perto de mim morreram.

Ahhhhhhh pinturas pinturas

Ok, sejam cabras sensíveis. De notar que, tanto a pintura como o desenho, demoraram aproximadamente 60minutos e 30minutos, respectivamente, a fazer.

Acho que era altura de mostrar o meu lado terno :)

PS- Só esteve disponível um modelo feminino, muito embora o meu veemente protesto .Enfim, trabalha-se com o material existente.

Contra a lei natural...

E ainda sobre o mesmo assunto, no documento enviado aos bispos e responsáveis por seminários em todo o mundo estava escrito: "(...) as Sagradas Escrituras consideram os actos homossexuais como “pecados graves”, “intrinsecamente imorais e contrários à lei natural (...)”.

Contrários à lei natural... o que me leva à questão: e o celibato? não será este também contra a lei natural? aliás... se bem me lembro, a própria palavra do senhor, aka Bíblia, diz qualquer coisa como "Crescei e multiplicai-vos"... E esta, hein? (trademark by Fernando Pessoa)

É por estas e por outras que a santa sé deveria-se remeter ao silêncio quando não sabe do que fala nem sequer quer saber - para não dizer asneiras ou se contradizer.


Cada vez mais, para muitos católicos praticantes e não praticantes, com fé e respeito pelo próximo, se desiludem e se afastam da Igreja Católica Apostólica Romana.

A estes deixo os meus mais prezados sentimentos.

de olhos bem fechados

isto até podia dar um título de um filme, mas não é sobre isso que se trata aqui hoje...
Há uns dias atás saiu a notícia de que o Vaticano vai discriminar - sim, porque não tem outra palavra - os candidatos aa padres, ditos seminaristas, e candidatos a seminaristas que declarem que são homossexuais ou que apresentem tendências homossexuais.

Como escreveram no Portugal Gay isto não passa de um fechar de olhos por parte da santa sé aos graves problemas que existem no seu seio já há uns anos para cá, nomeadamente, os cada vez mais frequentemente relatados casos de abusos sexuais onde não é relevante o género da vítima e sim as idades.

Como li algures e parafraseando parece tratar-se "duma táctica diversionária para afastar a atenção do público do verdadeiro problema do Vaticano, que é o abuso sexual de crianças por parte do clero".

Quando é que se vai começar a ter consciência, noção e/ou inteligência para se saber que H-O-M-O-S-S-E-X-U-A-L-I-D-A-D-E (homossexualidade) nada tem a ver com PEDÓFILIA e ABUSO DE MENORES??

Muito simplesmente explicando:
A homossexualidade trata-se de uma orientação sexual entre pessoas do mesmo género sexual, onde a prática sexual é consentida por ambos.
O abuso de menores é praticado sem o consentimento do adolescente ou criança dos 13 aos 18 anos, independentemente do acto ser homo ou heterossexual.
A pedófilia é a prática de actos sexuais em crianças com menos de 13 anos (não tenho a certeza mas acho que ainda é menos, isto é, 2 anos - o que me provoca vómitos, diga-se de passagem), em que identicamente ao abuso de menores, o género sexual da criança/bébé é irrelevante.

Enquanto um é consentido entre adultos (mesmo que muitos jovens na adolescência já tenham tendências homossexuais) e saudável, o outro é obsessivo, abusivo, horrendo, sem qualquer tipo de relação de respeito, amizade, companheirismo, enfim sem Amor, sendo que a única espécie de relação se trata de poder e submissão forçada em que o sujeito sexualmente abusado - porque não tem outro nome, é abusado - não é um homem ou uma mulher; trata-se de uma criança, independentemente de ser um rapaz ou uma rapariga.

É sempre mais fácil apontar o dedo para fora do que para dentro.

Puta de vida esta - parte II - o regresso

Enfim, a vida continua uma puta. E das velhas, já gastas e batidas em tudo o que há para saber. Haverá coisa pior que uma vida putana? Sim. Claro que sim. Crianças a morrer de fome. Crianças a serem vendidas. Crianças a serem violadas. Todos os dias. O mal maior deste mundo é a indiferença. Maior que o mal do dinheiro, do egoísmo e da inveja. Como diz a musica 'indiference is a weapon of mass destruction'. A necessidade de uma sobrevivencia minimamente equilibrada empurra-nos cada vez mais para vermos o que queremos ver, ouvir o que queremos ouvir, dizer o que não nos compromete. Todo o pensamento que tente questionar é prontamente posto de parte porque o embalo suave em que nos encontramos é muito mais descansado. A dor que é confrontarmos a realidade é tão mais violenta que este simpático torpor onde todos nós andamos. Puta que pariu, mas será que algum de nós quer isto? Claro que não. Cabras, cabritas e vegetais do costume, marrem. Baixar os cornos é, quase sempre, dar razão ao lado errado.